17 de fevereiro de 2005

Sempre Nintendo

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A onda de trabalhos acabou ontem mas só hoje tive vontade de escrever alguma coisa. Na verdade, estava pensando no que escrever desde ontem mesmo... Eu estava lendo notícias sobre as últimas novidades em videogames, uma coisa que gosto de fazer pois sou um gamemaníaco assumido. Especulações sobre a geração seguinte andam surgindo: PS3, Xbox 360° e Revolution são as grandes novidades da Sony, Microsoft e Nintendo, respectivamente.

Isso me fez pensar quando essas máquinas chegaram até mim. Eu tive um Atari. Isso faz tempo... Na época em que ganhei esse console, eles estavam saindo de linha e, claro, ficando baratos. Por isso tive um. Gostava de gastar horas e horas com Frostbite, Enduro, Snoopy, Pitfall, etc. Minha mãe corria com os serviços domésticos, literalmente, tudo pra jogar comigo. Bons tempos... Na TV, tinha Rá-Tim-Bum, Glub-Glub, O Mundo da Lua e Professor Eureca (aquele do japonês, sabe?).

Depois acho que ele quebrou e não foi para o conserto. Então, fiquei um tempão sem lembrar de videogames. Até ir um dia na casa de um amigo e encontrar um Master System. Confesso que não morri de amores pelo "poderoso" videogame, não. O único game que me atraiu foi Castle of Illusions, que tinha Mickey Mouse como herói. Mas o controle do Master era um pouco frágil, na minha opinião. Realmente, esse console não era pra mim. Fui ganhar um Mega Drive algum tempo depois. Meus vizinhos já tinham um e, claro, eu não podia ficar sem. Era início da minha adolescência, se me lembro bem.

O Mega, ao contrário do seu irmão mais velho Master, era muito mais bacana. Viciei com facilidade em Sonic, Grand Prix, Gungstar Heroes, entre outros. Ganhei a companhia dos meus pais agora, tudo por conta de alguns títulos de pinball que Mega tinha na lista de jogos. Eles ainda lembram com saudade dessa época de Mega Drive. Foi nessa época 16-bits que comecei a ler notícias sobre videogames. E, então, me apaixonei por uma marca que ainda significa muito pra mim. Confesso que não uso grifes de roupa, tênis, computador, banda... Não gosto da idéia de calçar um Nike, por exemplo. Uso tênis. A marca é o que menos importa. Compro pelo preço e pela aparência da peça. Mas isso fica pra escrever outra hora.

Nintendo. Quando comecei a reparar nos jogos do SNES, e a compará-los com os similares do Mega Drive, virei fã instantaneamente. Grito pra todo mundo ouvir: sou Nintendista de carteirinha. Então, fui alimentando a vontade de possuir um SNES aos poucos, mas sempre tive a certeza de que nunca teria um. Mas tive. Foi no dia de Natal e todos os meus familiares estavam reunidos na casa da minha vó. Só retornamos pra casa no dia seguinte e tivemos que enfrentar um pesadelo: a nossa casa tinha sido assaltada. A lembrança da expressão no rosto da minha mãe ao rodar a chave na porta, e perceber que algo de estranho acontecera, até hoje me deixa triste e consternado. Vídeo cassete e o Mega Drive foram levados, além de um pouco de dinheiro, guardado em casa. A casa tinha sido deixada de pernas pro ar. Foi o pior Natal da minha vida...

Mas meu pai tinha acabado de fazer um seguro para a nossa casa. Então eu poderia ter um videogame de novo, pago pelo seguro! (^_^) E, é claro, troquei o Mega Drive pelo SNES. Meus pais foram contra mas eu bati o pé. Sabe como são as crianças quando querem, por que querem, alguma coisa. Era a época da Playtronic, representante oficial da Nintendo no Brasil. Fiz questão de ter um produto legítimo. Eu sempre corria pra frente da TV pra jogar o meu querido SNES. Mas logo surgiram os 32-bits: 3DO, Saturn e Playstation. Eu lia nas revistas que o SNES já não era considerado o melhor videogame e fui acompanhando o fim da produção de games pro console. Lembro com saudade dos vários jogos do Mario, Final Fantasy, Crono Trigger, Street Fighter, Kirby, Starfox, etc. Hoje, quando sinto saudade, jogo emuladores de SNES no meu PC. Mas não é a mesma coisa...

Apesar de ter um SNES, eu sempre olhava com carinho para o s Gameboys da vitrine da loja. A idéia de poder jogar em qualquer lugar e ver gráficos monocromáticos era muito diferente e atraente pra mim. Nunca tive um, entretanto. Acabei jogando através de emuladores pra PC bem mais tarde. Tive também o Saturn. Antes, tive que vender meu SNES pra conseguir convencer meu pai que eu deveria ter outro videogame. Mas a história da compra do Saturn é confusa. Na loja, tive que optar entre o Playstation e ele. A marca da Sega falou mais alto pra mim, e pro meu pai, por causa do Mega Drive. Talvez ele tivesse continuações daqueles jogos que gente gostava tanto de jogar. Ledo engano. O Saturn foi um retumbante fiasco. E eu entrei bem. Além de todos os acessórios pro console serem mais caros do que os acessórios do Playstation, os jogos eram muito piores dos que os apresentados no outro console. No fim das contas, ele acabou sendo encostado antes do tempo. E ficou pegando poeira por um bom tempo, antes do meu pai conseguir algum comprador pro Saturn.

Aí, eu fiquei sem videogame por mais um tempo. Ganhei um PC Pentium 150 MHz. O mais poderoso da época! E corri atrás dos emuladores de Mega Drive, SNES e, claro, Gameboy. Como já disse, jogar no PC não é a mesma coisa que jogar de frente pra TV, segurando um joystiq na mão. Mas consegui me divertir bastante nesse período. E acompanhei, do começo ao fim, a geração Gameboy Color. Era a época do reinado do Playstation e do ultra potente Nintendo64. E eu me contentava com Pokémon. Confesso que alguns jogos eram bem monótonos mas eu não esqueço do Mario Golf, Mario Tennis e Zelda pro Gameboy Color.

Depois, vieram o PS2, o Gamecube e o Xbox. Também apareceu mais uma versão do Gameboy: o Advance. Percebi que tinha sido deixado pra trás mais uma vez... Meu computador já não rodava emuladores de Advance. E não havia nenhuma perspectiva de ganhar um console do meu pai. Foram tempos difíceis pois minha família atravessava aquelas épocas em que ninguém tinha dinehiro pra nada. Nem eu. Como não era mais lançado jogos pro Gameboy Color, passava horas inventando sites na internet. Eu já estudava na faculdade de arquitetura, que cursei até o 3°. ano e tive que pará-la porque não tinha grana pra bancar a mensalidade. Não trabalhava porque não tinha qualificação pra nada. Nem estágio não remunerado consegui arranjar. Foi barra porque eu já não era adolescente. Eu entendia que estava ocioso e que não era legal depender dos meus pais pra tudo.

Mesmo assim, fiquei mais dois anos parado. Até, finalmente, conseguir entender que gostava de artes visuais, que havia aprendido a linguagem do Flash sozinho, que internet era a minha praia, e que era isso que queria pra minha vida. Hoje, isso não pode fazer muito sentido pra alguns jovens que já nasceram sabendo Actionscript, a linguagem dos filmes Flash. Mas eu tive que enfrentar a resistência e a desconfiança da minha minha família quanto ao que eu estava fazendo... Enfim, essa fase pode ser melhor explicada outra hora. Fui atrás de emprego, consegui, comprei um PC mais novo e fui jogar GBA pelo emulador. Foi como reviver a época do SNES. Também joguei pelo computador o Nintendo64 e entendi porque a Nintendo deixou de lado a mídia CD, uma coisa que foi repudiada pelos aficcionados do PS1. O N64 simplesmente não precisava deles!

A Nintendo sempre introduziu as novidades dos videogames. O Nintendo 8-bits reacordou a indústria que o Atari deixou morrer anteriormente. O SNES trouxe recursos de zoom e o jogo Starfox foi o primeiro a utilizar a tecnologia 3D em games caseiros (alguns arcades e jogos pra PC já apresentavam os primeiros jogos 3D). O Nintendo64 apresentou o controle analógico, o rumble pack e a tecnologia 3D que evita que a textura dos ambientes virtuais virem grandes quadradões (coisa que o PS1 tinha). O Gameboy apresentou a interconectividade entre consoles. Todas essas coisas que Nintendo criou viraram padrões nos consoles da atual geração. E com o NintendoDS e o prometido Revolution, a Nintendo continua apresentando novidades interessantes.

É por tudo isso que eu digo que a Nintendo é a melhor produtora de games! Apesar de ter acabado de comprar um PS2...

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