23 de fevereiro de 2006

Geração Katamari

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Como um jogo tão maluco quanto Katamari Damacy virar referência de diversão descompromissada, ícone da pop-art e sinômino de lucro? A Namco, empresa produtora do game, devia estar em seus melhores dias quando resolver deixar o criador do game, Keita Takahashi, levar a produção do game adiante. Sendo a empresa a casa do Pac-man, os diretores devem ter pensado: "por que não? é um puzzle da Namco na prateleira"...

Mas, acho, que eles estavam de olho mesmo nessas pessoas que Nintendo rotulou como Touch! Generation. A Nintendo passou por grandes problemas há algum tempo por causa da sua imagem de empresa de brinquedos infantis, dado ao infinito número de personagens carismáticos e jogos politicamente corretos. Isso a fez republicar inúmeros títulos para o Gameboy Advance e, contrariando todas as expectativas, fez bastante sucesso com esses repetecos. Jogos manjados e super conhecidos fizeram com que as empresas repensassem em suas estratégias. A Nintendo estava lucrando com uma produção incrivelmente baixa para os padrões atuais. E todos perceberam que vários jogadores veteranos estavam perdendo o interesse nos jogos complicadíssimos da geração atual.

Seguindo essa linha de raciocínio, foram lançados jogos como Wario Ware, uma coletânea de minigames que desafia os jogadores com tarefas simples de forma super rápida. Mais tarde apareceria Katamari Damacy, totalmente despretensioso.

E cheio de seguidores, ávidos por qualquer coisa que lembre o jogo. A trilha sonora é muito boa, mesmo só tendo músicas cantadas em japonês. A direção artística é simples e super eficaz (as formas são muito limpas e as pessoas estilizadas ao extremo), a história e o contexto do jogo são singulares. Enfim, um oásis de inovações em uma área que sempre resvala em seu limite, tanto criativo quanto técnico.

O mais interessante é que a Namco americana quase não fez divulgação desse jogo nos Estados Unidos e manteve o ar nipônico do game, somente traduzindo o necessário e mantendo a arte original da capa do jogo. Coisa rara de se ver já que os americanos têm o péssimo costume de torcer o nariz pra estrangeirismos.

Mas quem inventou tudo isso é quem está tirando mais proveito dessa nova forma descomplicada de jogar. A Nintendo, com seu Nintendo DS, vem se destacando entre esse público que ela criou. Jogos como Nintendogs, Electroplankton e Motto Nou o Kitaeru Otona DS Training (exercícios para o cérebro) são sucessos de vendas e de crítica, tanto no Japão quanto na América.

E tem gente com inveja da popularidade desses jogos: a Sony já está providenciando seus títulos amigáveis para o PSP. Loco Roco promete uma aventura simples e divertida usando a gravidade como um dos elementos principais. Interessante notar que a Sony sempre pregou que os jogos deveriam ser longos, envolventes, dinâmicos e tecnicamente perfeitos. Loco Roco é simplesmente o oposto disso. Sinal dos tempos...

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Earthbound, conhecido também como Mother no Japão, terá continuação no Gameboy Advance! Nada se sabe sobre a história já que o criador da série está mantendo segredo até onde der. Tomara que a Nintendo publique o jogo deste lado do globo também...

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Em tempo, a temporada Verão 2006 na MTV está péssima. Eu sempre elogiei a emissora mas essa é a pior programação de verão da MTV de todos os tempos! Aff... se isso for uma prévia do que vai ao ar em 2006 na chamada programação normal, começo a agradecer desde já ter assinado TV a cabo de novo! (O_o)

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E o Carnaval, hein? Mais comercial impossível! A cada ano, esse evento que era popular e espontâneo fica maçante e lucrativo para seus donos...

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