11 de maio de 2005

Crianças e armas

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Acho que vão se assustar um pouco com o título deste artigo mas felizmente as duas coisas não estão relacionadas. Ontem eu estava vendo o trabalho de um ilustrador na internet. Meio que reparando no traço dos desenhos, escolha das cores e atitude dos personagens. Até que o filho do irmão do meu diretor, que é uma criança um tanto inquieta, passou atrás da minha cadeira e começou a dizer "Onde já se viu? Reclamam que eu só vejo desenho e... e ele, grande desse jeito, fica vendo desenho! Onde já se viu?"

Fiquei totalmente sem graça, óbvio. Mas, depois, fiquei pensando se outra criança faria o mesmo que ele fez? É evidente que a atitude dele reflete um pouco da educação, ou falta dela, que os pais dão ao menino. Ambos trabalham e ele passa o dia em atividades que ocupam seu tempo. O menino não tem tempo de brincar e ficar à toa com as crianças da sua idade, curtindo a infância na bobeira saudável que eu pude sentir quando fui criança, felizmente. Se fosse eu, na mesma idade dele, tentaria chegar perto da pessoa vendo desenhos e saber mais sobre eles. E não fazer o estardalhaço que o pestinha fez... Espero que meu filho nunca aja desse jeito.

E, pelo jornal de hoje, escutei que será feito um plebiscito, em outubro, para saber se o país continua a permitir a venda de armas ou não. Depois de uma grande campanha de desarmamento, acho que seria o próximo passo natural a ser seguido. Mas passar essa responsabilidade para a sociedade, que é vítima da violência urbana em geral, é um tanto esquisita. Não sei qual será o resultado desse plebiscito e ainda não sei no que optar. Tenho fé que alguma solução mais eficiente possa surgir nesse meio tempo...

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